Não há remédio no mundo, que cure esta dor
E nem ferida profunda, que nem a do amor
Prostrado e frustrado coração, ainda procuras razão?
Num mar de vazio em vão, não encontrarás nem emoção
E se olhar na canção, ao longe na luz amarela
que flutua no cêu, linda e bela, que chora o amor que perdeu
e chove nas rosas do adeus, talvez encontre um papel
que voa em branco no vento, e gente que passa no centro
atores na roda da vida, que mais parece bandida
que rouba o mel e o véu, da inocência da menina
que se abstrai, que se abstrai, numa docê ilusão perdida
que a vida ainda há de roubar, que para de um branco e puro papel
se torne outra personagem, que passa no centro da cidade.
ABC do Millôr
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Foi de grande realização profissional ilustrar este livro do Millôr
Fernandes! Pensar em formas a partir dos conceitos gráficos de cada letra
foi, além de ...
Há 8 anos
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